A dança
das cadeiras, no secretariado municipal, já nos mostra com bastante clareza,
como vão se recompondo o velho bloco político, que domina a cidade há quase 12
anos, e a tentativa de compor um novo para “quebrar” a hegemonia dos
quatrocentões jordanenses.
Hoje eu
vou compartilhar com vocês o que penso a respeito da penúltima capa do jornal A
Tribuna (edição nº 579), que traz um apanhado geral dos supostos pré-candidatos
as próximas eleições majoritárias municipais no momento. Já adianto que esta
capa não está nem perto das figuras que realmente veremos estampadas na urna
eletrônica no dia da eleição, mas é o que temos para hoje, então, vamos lá!
Das 9
personalidades em destaque, 7 são do mesmo grupo político e, os dois restantes,
como bons políticos, sempre estarão abertos ao diálogo.
No que se
refere ao grupo mais robusto estampado na capa, dois já são carta fora do
baralho, por motivos mais do que óbvios, estão na capa apenas para preencher o espaço
vazio, a batalha pelo Trono de Ferro, instalado no antigo dispensário, vai ser
boa e deve ficar entre os sete restantes, a saber...
Apesar de
estar se dando muito bem, onde está hoje, o ilustre desconhecido sabe que nunca
terá proeminência política fora da prefeitura jordanense. Político experiente
sabe que o grande problema em regressar para a política caseira é que não pode
mais aceitar outro cargo a não ser o de prefeito.
Por outro
lado, se resolver bater o pé e se candidatar, duvido que alguém de seu grupo
terá coragem suficiente de peitar a sua decisão. Neste caso, a vaga do grupo
mais poderoso vai depender somente da vontade do querubim de Ribeirão Preto.
O
quatrocentão, que já pilota a cidade, se quiser continuar no cargo, vai ter de
driblar a vontade política do dono do paranauê todo e sufocar o ímpeto dos
componentes da república dos menudos, já fartos de servirem de escada para os
objetivos políticos de outros. O mais complicado, neste processo, vai ser
aplacar a ira dos jordanenses que estão mais abandonados do que nunca nestes
últimos 3 anos.
Sinceramente,
não vejo vontade, força política e muito menos carisma para tanto, sua possível
candidatura, se vingar, vai servir somente de bucha de canhão.
Já o
fisioterapeuta, mais querido da cidade, apesar da vontade e, de seu suposto
destaque no grupo, afinou tanto na última disputa que perdeu seu principal
ativo político, a admiração do eleitor.
Porém, o
menino não tem muitas opções, ou vai para as cabeças, ou se resigna com uma
cadeira na Câmara (se conseguir) ou, com uma secretaria, o que sepultaria para
sempre as suas pretensões de um dia se apoderar do Trono de Ferro, não pela
relevância ou, irrelevância de seus cargos, mas, principalmente, por sua apatia
nas retas finais nas disputas de bastidores.
Outro do
grupo, na capa do jornal, que pode ter um lugar na urna, é um empresário que
deve estar mais acomodado do que nunca no seu recém-reformado hotel e no
aconchego de seu lar, além da paz que vive em seu atual cargo.
Pode ser
candidato somente em duas hipóteses: se tudo der errado para os outros, ou se a
família botar fé!
O único
real problema para o retorno triunfante do ilustre desconhecido é a pretensão
política do menino que levou a Câmara nas costas, por oito longos anos, dando
todo o suporte para o prefeito da época voar sem absolutamente nenhuma
turbulência em um lindo céu de brigadeiro.
Este sim!
Tem nome, força política, grupo, argumento, carisma e, principalmente, bala na
agulha para estampar a sua carinha na urna nas próximas eleições. Cabe somente
saber até onde vai a sua “vontade” em lutar por isso.
Pode
haver algum racha neste grupo? Sim, claro! Mas nada que abale a existência de
seu ecossistema afinal, político bom é aquele que sabe que pode até perder uma
eleição, mas nunca o poder.
Das duas
carinhas restantes, uma não acho impossível, mas muito complicado, o que sobra
de ambição em furar a fila do Trono de Ferro, no resto falta de tudo um pouco:
nome, grupo, força política e especialmente carisma.
Já a
querida e eterna interprete de Libras precisa, antes de mais nada, se afastar de
sua imagem progressista, comprovadamente o jordanense não simpatiza com este
perfil, no resto, precisa ser a protagonista e não a coadjuvante de roteiro
alheio, o que elimina praticamente 100% de seus atuais aliados.
Antes de
pleitear o Trono de Ferro, a menina tem que formar seu próprio exército, que
além de coeso na tomada do poder, tem de ser fiel o suficiente para mantê-lo.
Um
exército pronto para lutar até o último guerreiro por sua Rainha.
Quanto a
nova composição do secretariado, nada a analisar, é o que chamamos de
secretariado da xepa, não muda nada e serve somente para ampliar as
possibilidades futuras.
Falando
sobre o futuro, não vou desperdiçar as minhas habilidades adivinhando se alguém
desta capa, ou se nenhum deles, será o novo dono da Joia do Alto Serra que vai continuar
a ditar a velha regra que jordanense não precisa de educação, saúde, emprego ou
de transporte público, precisa apenas de turista.
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