terça-feira, 13 de setembro de 2022

O menino, o lobo e o jornalismo brasileiro.

 


Hoje nem tanto, mas na minha infância, na década de 70, histórias infantis eram comuns, tanto em casa, como em encontros onde os mais velhos reuniam a família e os amigos para contar seus causos.

Quem é desta geração vai se lembrar que estas histórias e causos tinham o intuito de educar as crianças, este procedimento é comumente chamado de “moral da história”.

Moral da história nada mais é do que uma mensagem transmitida ao final de uma história, que serve para ajudar as crianças a compreenderem os ensinamentos morais de uma sociedade de forma prática, já que ainda estão em fase de desenvolvimento de suas habilidades de interpretação.

Uma destas histórias com caráter educativo que ouvia na infância cabe perfeitamente no momento político e jornalístico por qual passa o Brasil.

A história é sobre um menino peralta que vivia pregando peças em seus amigos, gritando por socorro sempre que estavam na mata, simulando estar sendo perseguido por lobos.

O menino adorava ver a cara dos amigos que deixavam tudo o que estavam fazendo para correr em seu socorro.

Rolava de rir e sempre dizia a mesma coisa: - Vocês não se cansam de cair nesta velha mentira?

Até que chegou o dia em que cansados das mentiras, os amigos deixaram de ir em socorro dos gritos do menino, que tragicamente dias depois souberam que tinha sido realmente devorado por um lobo.

A moral desta história é que a mentira sempre tem consequências ruins, principalmente para o mentiroso.

E é exatamente isto que está acontecendo com o jornalismo brasileiro neste momento.

A grande mídia profissional passou tanto tempo distorcendo e manipulando as informações sobre o governo para encaixar a realidade as suas narrativas falaciosas que chegou o fatídico dia em que mesmo que o “lobo” chegue, ninguém mais vai dar ouvidos a gritaria.

A imprensa brasileira foi devorada pelo lobo da realidade, juntamente com o jornalista (peralta) profissional.

Reginaldo Marques, jornalista orgulhoso, mas nem tanto. 


quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Olavo de Carvalho (29/07/1947 - 24/01/2022).

 

Morreu, aos 74 anos, no estado da Virgínia, Estados Unidos, Olavo Luiz Pimentel de Carvalho - para alguns, um ponto de inteligência em um mar de mediocridade; para outros, um pensador de alta periculosidade.

Olavo de Carvalho, como era conhecido, assim como os demais grandes pensadores, nunca foi unanimidade em sua terra natal ou em sua época, pelo simples fato de trabalhar com a inteligência e como todos sabem, a unanimidade é burra. 

A maioria das pessoas que não gostam de Olavo de Carvalho, por um motivo ou outro, é composta por aquelas que simplesmente nunca leram nada do que ele escreveu, mas não querem destoar da turba ignorante que se consideram por direito (?) melhores moral e intelectualmente do que os outros, e por aqueles que se identificam como personagens de sua obra, como é o caso do Imbecil Coletivo.

Aqueles que leram, entenderam, mas mesmos assim não gostaram, respeitam, pq sabem que a única maneira de se acabar com uma ideia é ter outra melhor.

Em tempos onde pessoas das mais diversas áreas estão sendo processadas e até mesmo presas por crime de opinião, ser um pensador se tornou uma profissão de risco.

A imposição da censura, seja por qual motivo for, nada mais é do que a confissão pública que os argumentos do seu adversário são infinitamente melhores que os seus.

Por derradeiro, fica a pergunta: quem são os críticos e detratores de Olavo de Carvalho na fila do pão do pensamento brasileiro? 

Pior do que uma ideia ruim é não ter nenhuma ideia.