terça-feira, 14 de setembro de 2021

Por que flopou?

 


Por que flopou?

A primeira coisa que uma pessoa que deseja ganhar espaço palpitando publicamente a respeito de política tem de aprender é que o povo não tem obrigação nenhuma de ter ideologia. Pelo contrário, o princípio fundamental de uma democracia é a de garantir a população o direito de trocar regularmente seus conceitos e naturalmente seus representantes.

A sociedade, que em sua maioria esmagadora é formada pelo cidadão comum, aquele que tem por único objetivo levar uma vida sem maiores complicações, sempre vai ter um leque de reivindicações muito amplo que em determinados momentos de tensão social se afunilam.

Quem entende este processo natural e consegue definir quais os temas estão dentro deste funil e ter o time correto deste afunilamento, sempre vai sair na frente em uma corrida eleitoral.

E é exatamente aí que literalmente o bicho pega!

Hoje, a maioria dos formadores de opinião, aquela gente chique que independente da situação sempre aparece limpinha e perfumada na foto, se acham acima da média da sociedade onde estão inseridos.

Acima da média intelectual, ideológica, espiritual, estética, conceitual, afetiva e sobretudo moral. Esta postura soberba e intolerante afastou a classe dita pensante da realidade do cidadão comum, o que impede que esta parcela da população, que se basta em sua arrogância, de perceber o afunilamento das pautas sociais e principalmente o time deste acontecimento.

Quem não entende este princípio básico, que rege todas as democracias do mundo, na tentativa de ser um formador de opinião, com muito esforço se tornará apenas um agitador social.

Qual a diferença? A mais simples, porém, a mais emblemática em tempos de redes sociais.

O formador de opinião é aquele que baseado em fatos constrói seus argumentos, ao passo que o agitador social, baseado em suas narrativas constrói seus fatos.

Por isso, é muito importante para quem deseja ser um formador de opinião saber que desejo pessoal não é fato concreto.

Quem souber identificar, interpretar e principalmente respeitar os desejos da sociedade, facilmente entenderá que foi por conta do roteiro oportunista e principalmente pela escolha de seu casting que o 12 de outubro foi um fracasso de bilheteria.

A democracia pode ser barulhenta, desonesta jamais!

 

quinta-feira, 29 de julho de 2021

O jordanense e sua política água de salsicha.

 


Eu nunca esperei por uma câmara municipal que me enchesse de orgulho, mas é constrangedora a constatação de que hoje ela é um deserto de ideias e principalmente de atitudes, nunca visto na história desta cidade, uma verdadeira água de salsicha paga a peso de ouro.

O site com os projetos de Lei e, com as Leis aprovadas, demonstra de forma cabal que a câmara contínua sendo um mero departamento carimbador das decisões já tomadas no gabinete do “dispensário”.

Por isso, o desinteresse da população pela política local é evidente, e mesmo os poucos que, por um motivo ou outro, ainda comentam algo a respeito nas redes sociais, por falta de conteúdo em suas críticas não conseguem segurar a atenção das pessoas em um tema tão importante.

Assim, a câmara continua mantendo a sua escrita de não produzir absolutamente nada de significativo para a vida cotidiana do jordanense - se não fossem os posts e lives do vereador Jhonny Salvino na internet, duvido que alguém se lembraria, mesmo passando por uma das maiores crises de saúde e econômica da história da cidade, que temos 13 vereadores.

Além da má qualidade política dos vereadores, também enfrentamos a escassez de pessoas intelectualmente honestas dispostas a debater sobre o assunto publicamente.

Este motivo se dá por conta das personalidades que aterrissam em nossa cidade, sabe-se lá de onde, e tomam para si o monopólio da opinião e da virtude. Estas personalidades literalmente sequestraram o direito de expressão do jordanense.

Neste sentido, nunca houve tantos intelectuais/especialistas de internet que poluem as páginas das redes sociais com suas análises ricas na retórica, mas pobres na eficácia.

Esta postura demasiadamente rebuscada, cheia de falso conhecimento e moralismo, não passa de uma estratégia para afastar o jordanense comum do assunto, tornando o debate político local improdutivo, cansativo e desfocado, o que produz um vácuo que é imediatamente preenchido pelos mesmos ineptos e aduladores de sempre.

Mudam-se as salsichas, mas a água contínua a mesma.

quarta-feira, 5 de maio de 2021

O cu do Kakay tem poder?

 


Exatos 11 dias separaram a capa da Revista Crusoé de O Antagonista, esmiuçando as conexões do governador de São Paulo com a China (23/04), do pedido de demissão de Diogo Mainardi do Manhattan Connecition (04/05), programa exibido pela TV Cultura que é mantida pelo Governo de São Paulo.

Oficialmente o pedido de demissão teve como motivo a deselegância do jornalista com um dos entrevistados, o advogado Kakay. Diogo Mainardi mandou o convidado tomar no cu e o xingamento vasou na transmissão do programa exibido no último dia 28.

Quem conhece o Manhattan Connection, que foi exibido na Rede Globo por 27 anos consecutivos, sabe muito bem que a deselegancia com convidados e desafetos é marca registrada dos apresentadores do programa, motivo este que surpreende o puritanismo repentino da direção da emissora neste caso em particular.

Puritanismo este que não foi observado quando no mesmo programa, o suposto humorista, Fábio Porchat também lançou mão deste e de outros “argumentos” deselegantes aos risos em sua entrevista.

Puritanismo e zelo também nunca visto quando comentaristas do Jornal da Cultura atacam verbalmente varias personalidades em seu noticiário diário.

Oficialmente o cu do Kakay derrubou Diogo Mainardi do Manhhattan Connection e respingou também no cu do Caio Blinder que, no mesmo dia da demissão de Diogo Mainardi, anunciou em seu site seu afastamento temporário das redes sociais.

Para muitos, uma pequena desinteligência profissional, para alguns, censura escancarada com as bênçãos de Caio Blinder e Lucas Mendes que, deveriam, como donos da verdade absoluta, se demitir juntamente com seu companheiro.

Para mim... Sinceramente falando, a capa da Crusoé fez muito mais estrago no Manhattan Connection que o cu do Kakay.

Mais uma vergonha para a classe jornalística brasileira que anda de mal a pior há muito tempo.