quarta-feira, 24 de setembro de 2025
A "Preservação" que Custa Caro: Meu Desabafo sobre a Taxa de Campos do Jordão
E aí, galera! Senta que lá vem a polêmica.
Essa história da Taxa de Preservação Ambiental (TPAM) de Campos do Jordão, que agora vai meter a mão no bolso de quem entra na cidade de carro, é mais complicada que parece.
Claro que faz sentido a Prefeitura dizer que precisa de grana pra aguentar a barra de uns seis milhões de turistas por ano. É muita gente, e o impacto no meio ambiente, no lixo e no trânsito é real. Mas, sinceramente, o jeito que estão fazendo, a falta de transparência e o risco de ferrar com a economia local... isso aí me incomoda demais e merece uma crítica de lascar.
Eles aprovaram a TPAM na Câmara dizendo que é "fundamental" pra bancar a pressão na natureza e o caos da infraestrutura na alta temporada. A cobrança vai ser por dia e varia: de R$ 6,67 (moto) a R$ 20,01 (carro) e chega a R$ 246,79 (ônibus), usando a UFJ como base (tipo R$ 6,67).
Onde vai parar essa grana toda?
A expectativa é arrancar R$ 30 milhões por ano. Esse número, pra mim, é o X da questão. O Secretário de Finanças até deu a letra de que R$ 15 milhões iriam pra ajudar a pagar a gestão do lixo – o resto da taxa de lixo.
Tá, se eles esperam R$ 30 milhões, mas a despesa primária (o lixo) é de R$ 15 milhões, onde vão parar os outros R$ 15 milhões? A promessa de usar o dinheiro "só pra ações ambientais" é muito vaga. No meio dessa grana curta da gestão fiscal, o risco é esse recurso virar um "tapa-buraco" pra consertar outras falhas básicas da prefeitura, em vez de um investimento sério em preservação, é gigantesco. A gente precisa ficar de olho!
Dizem que vão soltar relatórios e que uma comissão vai fiscalizar. Mas, olha, o que eu vejo nas redes sociais e nas audiências públicas é a galera muito brava e desconfiada. É uma baita crise de confiança.
Minhas Pulgas Atrás da Orelha
• O Plano é Fumaça: Os projetos que citam (tipo trilhas, banheiros ecológicos) são só exemplos genéricos. Não vi um Plano de Aplicação de Recursos decente, que dê pra auditar, mostrando onde esses R$ 30 milhões vão ser gastos, quais são as metas ambientais e como a gente vai saber se deu certo. Falta de um plano detalhado antes de aprovar tira toda a credibilidade da medida.
• A Cobrança é Sacana: A taxa é por dia de permanência. Não tem um cálculo proporcional por hora! Se eu passo rapidinho só pra almoçar ou dou uma paradinha, sou penalizado igual. Esse modelo, focado só em quem entra, parece mais uma barreira de acesso do que algo razoável.
• Risco de Espantar Turista: Eu e os comerciantes locais estamos com medo de que essa taxa afaste os turistas, principalmente a galera com menos grana ou quem pode ir pra outra cidade da Serra da Mantiqueira. O impacto na economia da cidade – que vive disso – pode ser maior que o benefício ambiental. É um tiro no pé!
A Ideia é Boa, a Aplicação é Fraca
Eu aceito a ideia da Taxa de Preservação Ambiental. É uma tendência mundial botar o custo ambiental do turismo na conta do turista. Pra mim, o problema não é o conceito, é a execução. É a fragilidade da governança e a falta de clareza na hora de implementar.
A TPAM está no limbo: pode ser uma ferramenta poderosa pra dar um gás nas finanças do saneamento e do lixo, mas corre um sério risco de ser vista só como um "pedágio turístico". Pra evitar isso, o Executivo precisa mostrar imediatamente um plano de metas ambientais e de infraestrutura com números claros.
Sem isso, esses R$ 30 milhões anuais vão ser só a prova de que a cidade está terceirizando a responsabilidade fiscal para o turista, sem garantir a contrapartida de uma preservação ambiental de verdade e transparente.
O que você acha dessa taxa? Vai rolar fiscalização de verdade?
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