sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Caso Mariana Ferrer - E daí?

 


A polêmica em torno do julgamento de Mariana Ferrer é um clássico caso do Efeito Dunning-Kruguer, ou Síndrome da Superioridade Ilusória.

Esta síndrome é aquele estado em que a pessoa, mesmo não sabendo absolutamente nada a respeito do assunto discutido, se acha mais capacitada para dar opinião que os estudiosos do assunto.

Por isso, não vou entrar no mérito da questão, vou apenas analisar o mérito da informação.

E daí que mulheres como Janaina Paschoal, jurista;

Thaméa Danelon, Procuradora da Republica e...

Gabriela Prioli, advogada criminalista.


Que mesmo sendo de espectros ideológicos muito diferentes entre si, já tenham opinado pela lisura da sentença?

E daí que o Intercept já tenha admitido que o termo “estupro culposo” não existe na sentença do juiz, assumindo que o tal termo foi criado por eles?

E dai que o portal Antagonista provou que o vídeo apresentado na matéria do Interpect foi editado (manipulado) e que o juiz interveio na atuação do advogado de defesa ao contrário do noticiado?

E dai que todos estes esclarecimentos já foram dados se o que realmente interessa é a opinião dos especialistas de rede social, os defensores da moral e dos bons costumes, que acham normal assassinar reputações que não se alinham a sua expertise?

A matéria do Intercept é sem sombra de dúvidas o maior escândalo do jornalismo brasileiro desde a Escola Base.

Um show de mau jornalismo, sensacionalismo barato e de manipulação de provas para abastecer uma narrativa mentirosa.

Uma pena que pessoas que se julgam “espiritualmente iluminadas” e “racionalmente evoluídas” tenham abraçado esta historíola como verdadeira e com tanta virulência.

Fim dos tempos, fim do jornalismo.

Segue a íntegra da sentença

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